Hospital Paulista alerta para aumento de otites durante o inverno
A queda nas temperaturas dos últimos dias anuncia a chegada do inverno. Gripes, resfriados e o agravamento dos quadros de asmas, rinites e sinusites estão entre as patologias mais comuns causadas pela baixa imunidade trazida pela estação.
Além destes males, o otorrinolaringologista Gilberto Gattaz, do Hospital Paulista, alerta para as desconfortáveis otites – infecções e inflamações do ouvido –, que tendem a aumentar com o frio e podem se tornar graves, caso não sejam tratadas precocemente.
“Nunca devemos menosprezar os sintomas de ouvido. Dores, sensação de ouvido tapado, diminuição súbita da audição e zumbidos repentinos e duradouros podem expressar outras doenças mais sérias no sistema auditivo e requerem uma imediata avaliação e tratamento pelo otorrinolaringologista”, destaca o especialista.
Otite média
Diferentemente da “otite externa”, que costuma atingir apenas crianças de 0 a 6 anos, a “otite média” é uma infecção que pode acometer todas as pessoas, em diversas faixas etárias, e tem o frio como um de seus principais causadores, já que as baixas temperaturas aumentam a prevalência de vírus e bactérias.
Esse tipo de otite é conhecido por atacar o conduto auditivo externo e, eventualmente, a membrana timpânica e porções do pavilhão auricular.
“Ambas cursam com dor, porém podem estar acompanhadas de febre, presença de secreção e plenitude auricular, o que serve para diferenciá-las de uma simples dor de ouvido”, afirma o Dr. Gilberto.
O especialista explica que o problema pode se tornar grave, caso não seja tratado precocemente. Além disso, outro fator determinante para o nível de gravidade pode ser a agressividade da bactéria causadora da infecção.
Como exemplo, ele cita a meningite bacteriana que, num passado recente, foi uma das principais e não raras complicações graves, decorrentes de infecções do ouvido.
“A identificação do processo infeccioso e seu combate precoce é fundamental”, ressalta o médico.
Pandemia
Além das otites, o inverno é uma estação muito propícia para as infecções das vias aéreas superiores, entre elas sinusites, faringites e laringites; e os processos alérgicos, como as rinites, que também tendem a aumentar devido ao frio e às mudanças de estações.
O especialista acredita que medidas como a higienização das mãos e das superfícies regularmente, além do uso de máscaras e distanciamento social, podem impedir a contaminação por vírus e bactérias comuns da estação.
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