Prematuridade pode afetar linguagem e habilidades auditivas
A prematuridade é uma das principais causas de mortalidade neonatal no Brasil, conforme o Ministério da Saúde, e está associada a uma série de complicações que podem prejudicar a qualidade de vida dos bebês por toda a vida.
No Dia Mundial da Prematuridade, lembrado em 17 de novembro, o Hospital Paulista alerta para os riscos otorrinolaringológicos que podem atingir crianças que nascem antes das 37 semanas de gestação.
Conforme o Joint Committee on Infant Hearing, comitê internacional que estuda a saúde auditiva infantil, a prematuridade é considerada um fator de risco para o desenvolvimento da linguagem e da maturação das habilidades auditivas.
Dr. Gilberto Ulson Pizarro, otorrinolaringologista e responsável pelo Ambulatório de Olfato do Hospital Paulista, explica que é importante que todas as crianças tenham um acompanhamento pediátrico e otorrinolaringológico regular, principalmente os prematuros, que têm mais chances de desenvolver problemas auditivos.
Para ajudar a identificá-los, o médico explica que o olhar dos pais no dia a dia do pequeno é essencial. “A audição deve ser observada constantemente. Se o bebê fica muito quieto ou não reage aos sons da casa, como quando batem palmas, ou não se assusta com barulhos de uma porta batendo, por exemplo, ele pode estar algum problema de adição e deve ser avaliado o mais rápido possível. O ideal é que seja antes dos primeiros seis meses”, orienta.
O especialista ressalta que, além do risco de perda auditiva, bebês que nascem antes da hora podem ter problemas respiratórios e alterações orais que dificultam a alimentação.
“Entre os principais problemas está a laringomalácia, um distúrbio caracterizado pelo colapso das cartilagens laríngeas durante a inspiração, com obstrução da glote, que atinge entre 65 e 75% da população pediátrica, principalmente menores de 1 ano de idade. Em algumas situações, a criança pode ter dificuldades para respirar e se alimentar, apresentando problemas para ganhar peso e atrasando, assim, o seu desenvolvimento.”
Diagnóstico
O exame de emissões otoacústicas ou “teste da orelhinha”, como é popularmente conhecido, que deve ser realizado nos primeiros 30 dias de vida, é capaz de detectar problemas de audição em recém-nascidos e proteger este, que é um dos sentidos mais importantes para o desenvolvimento e comunicação.
Caso o exame detecte a existência de algum problema ou perda auditiva, o bebê é encaminhado para um serviço de diagnóstico, onde são realizados avaliação
otorrinolaringológica e exames complementares, como o exame de Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico, conhecido como BERA, que é responsável por avaliar todo o sistema auditivo, verificando a presença de perda auditiva por lesões na cóclea, no nervo auditivo ou no tronco encefálico.
Ou ainda o exame de nasofibrolaringoscopia, capaz de diagnosticar um quadro de laringomalácia, com sensibilidade de cerca de 88%. Ambos os exames podem ser feitos no Hospital Paulista, que conta com uma equipe multiprofissional altamente qualificada para os mais diversificados procedimentos, dos mais simples aos mais complexos.
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