Baixa umidade do ar exige cuidados especiais com a voz
Você sabia que as duas pregas vocais são revestidas por uma mucosa que precisa estar hidratada para vibrar melhor e produzir um som mais confortável e limpo? Com a baixa umidade do ar, a garganta fica ressecada, podendo gerar rouquidão, falta de ar e até dificuldade para engolir. O problema se torna ainda mais grave quando a voz é usada como instrumento de trabalho.
Conforme o otorrinolaringologista do Hospital Paulista Alexandre Minoru Enoki, a hidratação das pregas vocais não é imediata após a ingestão de água. “As cordas vocais ficam na laringe, que faz parte do sistema respiratório, ou seja, por lá, só passa ar. Com isso, a água que bebemos demora cerca de uma hora para chegar aos tecidos do corpo, dentre eles a mucosa, por meio do processo de absorção sistêmica”, ressalta.
O especialista afirma que, dessa forma, a hidratação ao longo do dia é recomendada para que as estruturas responsáveis pela produção da voz estejam sempre lubrificadas, com boas condições de mobilidade das pregas vocais.
“A recomendação é beber, em média, oito copos de água distribuídos ao longo do dia, dando pequenos goles durante as atividades de rotina, principalmente nos intervalos de exercícios físicos ou quando se utiliza a voz como instrumento de trabalho”, reitera.
Segundo Dr. Enoki, o hábito de carregar uma garrafa de água e utilizar aplicativos de celular para avisar que é preciso beber água é muito saudável e indicado.
Dentre os fatores que podem prejudicar a hidratação das cordas vocais estão ar-condicionado (muito utilizado durante o verão), ventilador, cigarro, álcool e alimentação inadequada. “Precisamos beber água como remédio. Quem carrega a água, sempre se lembra de beber.”
O médico destaca que uma boa hidratação tende a equilibrar também a pressão sanguínea, o fluxo renal e o fluxo pulmonar, diminuindo o muco.
“É muito comum as pessoas pigarrearem quando estão com problemas de voz e, naquele movimento, fazerem um ‘puxa e encolhe’ de toda a musculatura da prega vocal. É uma agressão e, com o passar dos anos, esse movimento pode causar lesões nas fibras e musculaturas das cordas vocais, podendo surgir nódulos ou pólipos”, explica.
Além da ingestão de água, Dr. Enoki informa que, para evitar o ressecamento das pregas vocais, é recomendado utilizar umidificadores de ar, manter a casa limpa e os ambientes fechados umedecidos, principalmente na hora de dormir, usar soro fisiológico para lavar olhos e nariz, evitar falar alto em ambientes ruidosos e repouso vocal.
Se os sintomas de ressecamento das cordas vocais permanecerem por mais de 15 dias, o especialista finaliza exaltando a necessidade de buscar auxílio médico.
Sobre o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia
Fundado em 1974, o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia, possui mais de 40 anos de tradição no atendimento especializado em ouvido, nariz e garganta e durante sua trajetória, ampliou sua competência para outros segmentos, com destaque para Fonoaudiologia, Alergia Respiratória e Imunologia, Distúrbios do Sono, procedimentos para Cirurgia Cérvico-Facial, bem como Buco Maxilo Facial.
Em localização privilegiada, a 300 metros da estação Hospital São Paulo (linha 5-Lilás) e a 800 metros da estação Santa Cruz (linha 1-Azul/linha 5-Lilás), possui 42 leitos, UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 10 salas cirúrgicas, realizando em média, mensalmente, 500 cirurgias, 7.500 consultas no ambulatório e pronto-socorro e, aproximadamente, 1.500 exames especializados.
Referência em seu segmento e com alta resolutividade, conta com um completo Centro de Medicina Diagnóstica em Otorrinolaringologia, assim como um Ambulatório de Olfato e Paladar, especializado no diagnóstico e tratamento de pacientes com perda total ou parcial dos sentidos. Dispõe de profissionais de alta capacidade oferecendo excelentes condições de suporte especializado 24 horas por dia.
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