Cachecol: será que ele realmente protege?
Sim, pois a vestimenta ajuda a aquecer a garganta; médica do Hospital Paulista ressalta importância de higienização e acondicionamento adequado
As nossas vovós sempre tiveram razão. O bom e velho cachecol realmente ajuda a proteger das doenças que costumam vir acompanhadas da “friagem” típica desses meses de inverno. Entre os médicos, é também consenso que o adorno (amado pelas mulheres e cada vez popular entre os homens), de fato, pode evitar incômodos na garganta, amígdala e laringe, que são muito suscetíveis às baixas temperaturas.
“O cachecol serve para proteger o pescoço do frio, proporcionando isolamento térmico e conforto. Ao proteger o pescoço e a área do peito, eles podem ajudar a manter a temperatura corporal estável, reduzindo o risco de resfriados, além de prevenir a exposição direta ao vento, o que é especialmente benéfico para pessoas com problemas respiratórios, como asma”, observa a Dra. Cristiane Passos Dias Levy, otorrinolaringologista do Hospital Paulista e especialista em alergias.
Ainda assim, ela pondera que o acessório, obviamente, não substitui as medidas de saúde adequadas, como vacinação e higiene pessoal. Também faz um alerta para certos vacilos em relação ao acondicionamento e lavagem dessas vestimentas, além da escolha dos tecidos. Muitas vezes, a presença de certos alérgenos, como mofos e ácaros, podem produzir justamente um efeito reverso, tão ruim – ou até pior – que os efeitos da gripe, resfriado etc.
“A quem tem asma, rinite alérgica ou qualquer outro tipo de sensibilidade respiratória, é importante escolher roupas de tecidos hipoalergênicos e lavá-las regularmente. O mesmo vale para quem é alérgico a certos materiais, como tecidos sintéticos ou produtos químicos usados no processo de fabricação”, ressalta a especialista, que elencou aqui os principais cuidados a serem adotados para ter um cachecol realmente eficaz na prevenção às congestões de inverno.
Lã ou sintético?
Embora a lã seja um material natural que possui excelentes propriedades isolantes, macio, confortável e respirável, algumas pessoas podem ser sensíveis e devem evitar seu uso. Neste contexto, os cachecóis sintéticos são mais indicados para pessoas com sensibilidades ou alergias respiratórias.
Por serem feitos de materiais como poliéster, acrílico ou microfibra, isso os tornam mais leves, de secagem rápida e podem oferecer boa proteção contra o vento – ainda que não sejam tão eficientes em manter o calor quanto a lã.
No final, a escolha entre os dois tipos de cachecol dependerá das preferências individuais, necessidades específicas e condições climáticas em que serão usados.
A higiene e conservação
Para garantir a durabilidade do seu cachecol e de fato torná-lo útil na proteção de sua saúde, Dra. Cristiane Passos Dias Levy destaca os seguintes tópicos:
– Lave regularmente. Sobretudo antes da temporada de frio. Dependendo do material do cachecol, verifique as instruções de lavagem recomendadas. Geralmente, cachecóis de lã podem ser lavados à mão ou à máquina, em ciclo delicado, enquanto cachecóis sintéticos podem ser lavados mais facilmente. Lave-os regularmente para remover sujeira, germes e odores.
– Use detergente suave. Evite produtos químicos agressivos, com odor forte ou que possam danificar o cachecol. Certifique-se de enxaguar completamente para remover todos os resíduos de sabão.
– Evite torcer ou esfregar durante a lavagem. Para conservar o cachecol, pressione suavemente para remover o excesso de água.
– Seque adequadamente. Em uma superfície plana, ou pendure-o suavemente para secar ao ar livre. Evite a exposição direta à luz solar intensa, pois isso pode desbotar as cores.
– Armazene corretamente. Ao guardar o cachecol, certifique-se de que esteja limpo e completamente seco. Dobre-o cuidadosamente ou enrole-o e guarde-o em local limpo e seco para evitar o acúmulo de sujeira, mofo ou odores indesejados.
Sobre o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia
Fundado em 1974, o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia possui quase cinco décadas de tradição no atendimento especializado em ouvido, nariz e garganta e durante sua trajetória, ampliou sua competência para outros segmentos, com destaque para Fonoaudiologia, Alergia Respiratória e Imunologia, Distúrbios do Sono, procedimentos para Cirurgia Cérvico-Facial, bem como Buco Maxilo Facial e Foniatria.
Em localização privilegiada, a 300 metros da estação Hospital São Paulo (linha 5-Lilás) e a 800 metros da estação Santa Cruz (linha 1-Azul/linha 5-Lilás), possui 42 leitos, UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 10 salas cirúrgicas, realizando em média, mensalmente, 500 cirurgias, 7.500 consultas no ambulatório e pronto-socorro e, aproximadamente, 1.500 exames especializados.
Referência em seu segmento e com alta resolutividade, conta com um completo Centro de Medicina Diagnóstica em Otorrinolaringologia, assim como um Ambulatório de Olfato e Paladar, especializado no diagnóstico e tratamento de pacientes com perda total ou parcial dos sentidos. Dispõe de profissionais de alta capacidade oferecendo excelentes condições de suporte especializado 24 horas por dia.