Recém-nascidos prematuros têm maior predisposição a problemas de audição e fala

Recém-nascidos prematuros têm maior predisposição a problemas de audição e fala

Bebês nascidos antes das 37 semanas de gestação precisam de acompanhamento multidisciplinar, inclusive de fonoaudiólogos, já nos primeiros dias de vida; objetivo é evitar efeitos danosos à fala e à linguagem, muito comum nesse público


A prematuridade é considerada um fator de risco para o desenvolvimento da linguagem e da maturação das habilidades auditivas. Repetidos estudos confirmam que crianças nascidas antes das 37 semanas de gestação são mais propensas a ter problemas de audição e de fala. Por isso, é essencial o acompanhamento fonoaudiológico já nos primeiros dias de vida, de modo a identificar e tratar possíveis alterações que possam vir a comprometer futuramente esses “recém-chegados” ao mundo.

“Quanto mais extrema a prematuridade, maior o impacto sobre o desenvolvimento dessas crianças. É comprovado que os prematuros apresentam maiores chances de ter problemas no desenvolvimento cognitivo, de atenção, associados à dificuldade de aprendizagem e a problemas comportamentais. Dessa forma, é imprescindível o acompanhamento auditivo criterioso em tempo de aproveitar o período ideal para a aquisição da linguagem (primeiros três anos de vida) e evitar os efeitos danosos ao desenvolvimento da linguagem”, explica a fonoaudióloga e audiologista Sílvia Roberta Gesteira Monteiro, do Hospital Paulista.

Dentre os problemas que costumam estar associados à prematuridade, estão a menor extensão do vocabulário, o atraso da aquisição da linguagem e a menor complexidade da linguagem, além de dificuldades no processamento fonológico e na memória de curto prazo.

Nesse contexto, o fonoaudiólogo tem a missão de verificar qualquer possível anomalia que esteja presente nesses bebês. E esse trabalho já começa na maternidade. “O fonoaudiólogo está apto a atuar precocemente, já no ambiente de UTI neonatal, tanto em relação à assistência à alimentação, com atendimentos que dão suporte nas funções de sucção e deglutição do bebê, assim como na detecção de perdas auditivas, por meio da triagem auditiva neonatal. O ideal é detectar a deficiência auditiva antes do bebê chegar aos três meses de vida e iniciar o tratamento até o bebê completar seis meses”, destaca a especialista.

Números

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que, anualmente, cerca de 15 milhões de bebês nascem prematuros. No Brasil, são 340 mil nascidos antes das 37 semanas de gestação, o que representa cerca de 12% do total de nascimentos no país a cada ano. Ou seja, um universo significativo de pessoas.

Por essa razão é que, desde 2011, profissionais de saúde de todo o país se mobilizam em torno do Dia Mundial da Prematuridade, celebrado em 17 de novembro. Representantes das mais variadas especialidades que lidam com a questão se unem a fim de conscientizar o público sobre as necessidades e direitos dos bebês prematuros e das suas famílias. Um deles é justamente o acompanhamento por profissionais de saúde em seu crescimento e desenvolvimento.

Sobre o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

Fundado em 1974, o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia possui quase cinco décadas de tradição no atendimento especializado em ouvido, nariz e garganta e durante sua trajetória, ampliou sua competência para outros segmentos, com destaque para Fonoaudiologia, Alergia Respiratória e Imunologia, Distúrbios do Sono, procedimentos para Cirurgia Cérvico-Facial, bem como Buco Maxilo Facial.  

Referência em seu segmento e com alta resolutividade, conta com um completo Centro de Medicina Diagnóstica em Otorrinolaringologia, assim como um Ambulatório de Olfato e Paladar, especializado no diagnóstico e tratamento de pacientes com perda total ou parcial dos sentidos. Dispõe de profissionais de alta capacidade oferecendo excelentes condições de suporte especializado 24 horas por dia.