Roupas de cama: quando (e como) devemos higienizá-las?
Roupas de cama: quando (e como) devemos higienizá-las?
Para quem sofre de alergias, médica recomenda fazer a troca semanalmente ou até duas vezes por semana. Objetivo é evitar a proliferação de ácaros, mofo, assim como a presença de pólen e/ou pelos de animais
A troca regular das roupas de cama é um hábito essencial para garantir um ambiente saudável e confortável, mas, quando se trata de pessoas alérgicas, esse cuidado se torna ainda mais crucial. A médica otorrinolaringologista e especialista em alergias respiratórias, Dra. Cristiane Passos Dias Levy, do Hospital Paulista, explica como a higienização das roupas de cama pode impactar diretamente na saúde respiratória, principalmente em relação aos ácaros e outros alérgenos.
Embora a recomendação comum seja trocar as roupas de cama a cada 15 dias, a Dra. Cristiane destaca que esse intervalo pode ser insuficiente para pessoas alérgicas. “Para quem sofre de alergias, é ideal trocar as roupas de cama semanalmente ou até duas vezes por semana. Além disso, o uso de capas de proteção para colchões e travesseiros, especialmente anti-ácaros, ajuda a reduzir a exposição aos alérgenos”, afirma a especialista.
Além dos ácaros, outros fatores presentes nas roupas de cama também podem agravar as alergias respiratórias. O pólen, pelos de animais e mofo são exemplos de elementos que se acumulam nas roupas de cama e contribuem para o agravamento dos sintomas alérgicos. “O mofo pode se proliferar em ambientes úmidos, enquanto os pelos de animais e o pólen se acumulam facilmente”, explica Dra. Cristiane. Na escolha do tecido, ela sugere optar por algodão hipoalergênico, que é respirável e retém menos alérgenos. “Tecidos sintéticos, por outro lado, podem acumular mais poeira e umidade, favorecendo a proliferação de ácaros e fungos”, completa.
A umidade é outro fator crucial para a proliferação de ácaros e fungos. Em climas mais quentes ou úmidos, a umidade nas roupas de cama pode criar um ambiente ideal para esses organismos. Dra. Cristiane recomenda secar bem as roupas de cama e manter o quarto bem ventilado. “O uso de desumidificadores pode ajudar, além de ser fundamental escolher tecidos que sejam mais respiráveis”, aconselha.
Em relação aos produtos utilizados na lavagem, a médica alerta para os riscos de produtos com fragrâncias fortes ou produtos químicos agressivos. “Sabões hipoalergênicos são a melhor opção, pois minimizam as reações alérgicas. Além disso, é importante lavar as roupas de cama em água quente, pois temperaturas acima de 60°C ajudam a eliminar os ácaros”, afirma. Dra. Cristiane, que também recomenda evitar amaciantes ou detergentes com corantes e fragrâncias fortes, pois eles podem irritar as vias respiratórias.
A Dra. Cristiane reforça a importância de adotar um conjunto de cuidados para a prevenção das alergias respiratórias. “Além da troca regular das roupas de cama, o uso de capas de proteção para colchões e travesseiros, junto com a escolha de tecidos adequados e a manutenção de um ambiente seco e ventilado, pode reduzir significativamente a exposição a alérgenos e proporcionar uma noite de sono mais tranquila”, conclui.
Dicas práticas para evitar alergias respiratórias:
1. Troque a roupa de cama regularmente. Para pessoas alérgicas, a troca deve ser feita semanalmente ou até duas vezes por semana.
2. Escolha tecidos adequados. Opte por roupas de cama de algodão hipoalergênico, que são mais respiráveis e acumulam menos alérgenos.
3. Use capas de proteção. Capas anti-ácaros para colchões e travesseiros ajudam a evitar o contato direto com os alérgenos.
4. Controle a umidade. Em climas úmidos, use desumidificadores e mantenha o ambiente bem ventilado para evitar o crescimento de mofo.
5. Escolha produtos hipoalergênicos. Utilize sabões e detergentes sem fragrâncias fortes e evite produtos químicos agressivos que podem irritar as vias respiratórias.
6. Lave em água quente. Lavar as roupas de cama em água acima de 60°C ajuda a eliminar ácaros e outros alérgenos.
Sobre o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia
Fundado em 1974, o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia possui cinco décadas de tradição no atendimento especializado em ouvido, nariz e garganta e, durante sua trajetória, ampliou sua competência para outros segmentos, com destaque para Fonoaudiologia, Alergia Respiratória e Imunologia, Distúrbios do Sono, procedimentos para Cirurgia Cérvico-Facial, bem como Buco Maxilo Facial e Foniatria.
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